segunda-feira, 14 de abril de 2014

"Minhas letras"

Uma canção daquele que eu sempre amei e amo e amarei, pra sempre e mais um dia.



Vida louca passada a esmo
Caminhando sem ser notada
Abraçando os incautos, perdidos
Solitários pelas ruas do mundo

Sonhando com algo novo
Algo que mude sua existência
Existência que devora sua essência
Puxando-lhe pra baixo, para o fundo

É difícil prever todos os momentos,
Todas as ações da nossa vida
Apenas nos preparamos pra tudo
E pro nada

É como se uma montanha caísse em nossas cabeças
Destruindo tudo aquilo que construímos
Despedaçando cada esperança
Nos matando, mas estamos vivos

Despedaçado, acabado, jogado ao chão
Olhando um céu nublado e escuro
Levantar, lutar, já não posso mais
A neve pesa sobre mim

É difícil prever todos os momentos,
Todas as ações da nossa vida
Apenas nos preparamos pra tudo
E pro nada

Não podemos viver assim
Caminhando em um pântano sombrio
Observado por todos os lados
Eu sei, nós não temos abrigo

Nós nos encolhemos em nós mesmos
Tentando achar uma saída
Um meio de contornar essa vida
De desespero, angústia e solidão

Sorrimos para todas as pessoas
Tentando demonstrar força
Força que não temos, nem para lutar
Por alguma coisa que valha a pena

Nem pelas nossas vidas ou do próximo
Sem sacrifícios ou entregas
É o espelho, refletindo nossa alma
Alma pútrida, leprosa, morta

É difícil prever todos os momentos,
Todas as ações da nossa vida
Apenas nos preparamos pra tudo
E pro nada

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Doce de Batata Doce

Qual é o doce mais doce?
Qual é o semblante que fica?
O gosto da infância,
A menta e a mente,
Ambas agora sofridas.


Ele se foi.
Meus filhos nunca saberão o soar do conto das moedas,
Nunca poderão saborear a pureza de cada açúcar,
Jamais encontrarão coração mais nobre.

Afável e brando como todo doce deve ser.
Dulcificou a minha praça,
Alimentou meu tempo de menino,
Mostrou a verdadeira doçura 
Na sua luta diária e amarga
Para um melhor viver.

E morreu.
E partiu.
Mais feliz que todos nós.
Foi o meu Willy Wonka.
Seu banquinho era minha fábrica de chocolates.
E se há um céu,
Com certeza agora ele foi morar lá.



Homenagem a "Seu Batata".