E chamava-se Paula
E vestia-se de vermelho
Há vezes, de lilás
Por cores que não sabia
Por amores que escondia
Por não saber ser fulgaz
Aliás,
Seu rosto era destino
Pureza de um libertino
Paulatinamente à cantar
Ah! Se te soubestes tão bela
Nas linhas de uma aquarela
Teu ser divino iria pousar
E haverá de ter meu amor peregrino
Columbino, dançarino
Verrumando tua estrela-do-mar!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Snapshot
"Ler emails antigos,
Declarações que já se foram,
Amores que não duraram,
Vida que nada restou.
Declarações que já se foram,
Amores que não duraram,
Vida que nada restou.
Fotografias e lembranças,
Momentos de solidão,
Sorrisos de dor.
Momentos de solidão,
Sorrisos de dor.
Quem nunca?
Quem sempre?
Quem deseja, talvez?
Quem sempre?
Quem deseja, talvez?
O mundo vem fugaz,
Mais uma vez, encanta.
Mais uma vez, sou cais,
Vítima, por querer mudança."
Mais uma vez, encanta.
Mais uma vez, sou cais,
Vítima, por querer mudança."
sábado, 5 de março de 2016
O passado de si mesmo (Ode a Drummond)
Caberá a mim, pobre de mim
Leitor mudo, sonhador
Decadente estrela em busca
da libertação dos instintos
Indivíduo perdido na massa
Fugitivo de tantos mundos
Caberá a mim, dizer de ti
Que passeava no jardim nas
manhas daquele tempo,
onde o céu era verde sobre o gramado
com o coração pequeno, muito pequeno
a suspirar por Itabira
ao enxergar, em meio as palavras melancólicas
um fogo celeste, um mistério de vida
Vida que morre sem ter tido tempo
Vida, lenta e morna, morta, noite sem ruído
Caberá a mim
Caberá a ti
Caberá assassinar a poesia nos livros
dessa vida de poeta honrado sem importância
Em verdade sou muito pobre, nobre amigo
Há vezes, suicido. Mas é apenas a morte, sob o vento
E o leio.
Minh'alma tal qual a tua se interroga
Devemos calar?
Já me calei.
(Júh Brito)
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