Sabe o que eu sou?
Eu sou um poço inesgotável de dor.
Eu sou uma mancha negra, gélida e pavorosa, com um quê de amor.
Sou um chumaço de plumas cinzas aos vento.
Sou um erro consagrado, esmagador.
Sol poente, venenosa serpente, do leão _ domador.
E morro dentro de mim,
No mais profundo de mim,
Sou o que em mim restou.
E vivo como quem morre,
A morte que procura a sorte,
De ser, e saber sentir dor.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Ponto final
- Tu tá um gato na foto do face, pena que não me pertence...
- Hahaha to gato nada, generosidade sua :D
- Eu te amo sabia? Já te disse isso?
- Já sim :D Também te amo :D
- Mas eu amo mais...
- E é competição?
- Contigo não. Mas com as demais, creio que sim. Se bem que eu não tenho chance, tenho?
- Já falamos sobre isso. E você sabe porquê.
- Não sei por quê tenho o pressentimento que não importa o que eu seja, essa situação não iria mudar... Tô certa?
- Mas você tem que ser o que você quiser ser e não algo que você não é. E além do mais tem outros rapazes que se encaixam no perfil né? Judeus... Maçons...
- Muita coisa valeria a pena se você simplesmente se permitisse... Todo mundo entrou e passou na minha vida; só você permaneceu. Demorou para eu ver, mas eu vi. Não sei se você notou: mas estou no mesmo lugar e só existe você. Mas tudo bem... Quem sou eu né? Não sou sua foto de perfeição... Mas só para constar: eu amo você. E seja o que Deus quiser.
- Eu permaneci, porque continuei como seu amigo.
- Permaneceu... Fico grata por isso. Mas tudo bem, eu não mereço. Eu sei que não.
- Merece tanto que ainda tô aqui.
- Eu quero merecer mais.
- [...]
- [...]
- Já falamos sobre isso e você entende o porquê da gente ser só amigos.
- Será que é tão e somente o fator religião? Porque se for, deixará de ser...
- No começo foi a questão religiosa. Mas depois de quase 4 anos, a questão é que se demos certo esse tempo todo é porque fomos amigos esse tempo todo.
- Dizer o que né? Tudo bem...
- Mas você sabe que pode contar comigo. :D
- Obrigada. Idem.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Reconstruindo um Vinícius:
É claro que te amo (e isso só cresce)
E tenho tudo para ser feliz (só falta você)
Mas acontece que eu sou triste...
E tenho tudo para ser feliz (só falta você)
Mas acontece que eu sou triste...
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Sopro de papel
No meio do rio, eu ouço...
Aquela sensação da ausência do papel,
Aquele nó sufocante, propositalmente colocado dentro do peito
Um sopro de papel.
Um amor só meu,
Cultivado só meu,
Meu e por mim.
Uma dor que rompeu,
Atravessou o oceano e morreu,
Cá dentro de mim.
No meio do rio, eu ouço...
Aquela sensação da ausência do papel,
Quem sou eu agora?
Quem sou eu?
Aquela sensação da ausência do papel,
Aquele nó sufocante, propositalmente colocado dentro do peito
Um sopro de papel.
Um amor só meu,
Cultivado só meu,
Meu e por mim.
Uma dor que rompeu,
Atravessou o oceano e morreu,
Cá dentro de mim.
No meio do rio, eu ouço...
Aquela sensação da ausência do papel,
Quem sou eu agora?
Quem sou eu?
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Fé
Preciso rezar. Aprender a ser mais menina, menos mulher.Reconhecer que meu mundo já não pode ser florido.
Lidar com os infortúnios e más sortes.
Preciso ter fé. Se fé for algo para se ter.
Alcançar a mentira da paz interior.
Parecer feliz, mesmo sendo triste.
Acontece tudo na minha vida e não acontece nada.
Um poço profundo de histórias inacabadas,
Um abismo solitário,
E tudo passa. E o tempo passa.
Adoecer e morrer.
Ter certezas e conviver com elas.
Olhar diferente para tudo. E tudo ser igual.
Eis-me aqui. Eis-me aqui.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Sal
Que explosão no meu peito!
Oh minha Senhora, quanto sofrimento.
O que há de ser de mim agora, nesse local inóspito?
Serei eu fadada aos fins e nunca aos começos?
Eu queria ser quem você deseja,
Mas acontece que eu não sou.
Eu não sei bem o que eu queria,
Mas seria com você.
Por hoje, depois de tudo.
Depois da presença, além da ausência,
Só existiu você. Nada mais.
E o mundo gira em torno de um sorriso sem graça,
A amizade que passa e não sabe mais as marcas que deixou.
Eu sou feliz como sua amiga. Seria ainda mais como teu amor.
Oh minha Senhora, quanto sofrimento.
O que há de ser de mim agora, nesse local inóspito?
Serei eu fadada aos fins e nunca aos começos?
Eu queria ser quem você deseja,
Mas acontece que eu não sou.
Eu não sei bem o que eu queria,
Mas seria com você.
Por hoje, depois de tudo.
Depois da presença, além da ausência,
Só existiu você. Nada mais.
E o mundo gira em torno de um sorriso sem graça,
A amizade que passa e não sabe mais as marcas que deixou.
Eu sou feliz como sua amiga. Seria ainda mais como teu amor.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Desabafo!
Vinho, nobre amigo, esteja comigo.
A pessoa que eu amo me bloqueou no facebook porque não tem a coragem de ler as verdades que eu posto.
É uma pena. Quando formos apenas almas e não mais corpos, eu ainda vou ter que vê-lo se lamentar e pedir perdão.
E eu perdoarei, pois é amor de almas.
Eu perdoo viu, sr. X.
Seja feliz, ou finja.
A pessoa que eu amo me bloqueou no facebook porque não tem a coragem de ler as verdades que eu posto.
É uma pena. Quando formos apenas almas e não mais corpos, eu ainda vou ter que vê-lo se lamentar e pedir perdão.
E eu perdoarei, pois é amor de almas.
Eu perdoo viu, sr. X.
Seja feliz, ou finja.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Miguel
Filho querido,
estive tão perto de tê-lo em meus braços. As lágrimas não cessam desde o dia que meu corpo não conseguiu mantê-lo aquecido. Tenho andado sem rumo desde então. Toda a minha vida esperei por ti.
Há dias tristes que se ocultam por afazeres, obrigações do cotidiano. Há dias em que eu finjo ser feliz para não atormentar quem convive ao meu lado. Mas, não há um só dia que minhas lágrimas cessem de cair no profundo rio da dor de tê-lo perdido.
Um dia, quem sabe eu poderei retornar aos campos de lírios dourados, onde sua madrinha lhe trouxe no braço, e poderei novamente ouvir sua voz suave e generosa, a dizer que me ama.
Só que os dias passam lentamente, a locomotiva se arrasta por terras inóspitas e eu me sinto sem vida.
Eu precisava de você ao meu lado para suportar tanta dor.
Se algum dia eu lhe causei mal, perdoa-me amado filho. Eu não fui forte o suficiente para gerá-lo. Sua luz era infinitamente maior do que toda a profundidade da minha escuridão.
E eu o amo. Amarei eternamente, entre mundos e vidas que seguirão rompendo a eternidade das minhas horas. E eu jamais serei feliz. Posso mascarar sorrisos, no entanto, a alegria se foi no décimo dia mariano.
E eu sou triste. E sou incapaz de sair dessa tristeza.
Porque nada nesse mundo preencherá esse ventre vazio.
Nada nesse mundo o substituirá, meu amado Miguel.
estive tão perto de tê-lo em meus braços. As lágrimas não cessam desde o dia que meu corpo não conseguiu mantê-lo aquecido. Tenho andado sem rumo desde então. Toda a minha vida esperei por ti.Há dias tristes que se ocultam por afazeres, obrigações do cotidiano. Há dias em que eu finjo ser feliz para não atormentar quem convive ao meu lado. Mas, não há um só dia que minhas lágrimas cessem de cair no profundo rio da dor de tê-lo perdido.
Um dia, quem sabe eu poderei retornar aos campos de lírios dourados, onde sua madrinha lhe trouxe no braço, e poderei novamente ouvir sua voz suave e generosa, a dizer que me ama.
Só que os dias passam lentamente, a locomotiva se arrasta por terras inóspitas e eu me sinto sem vida.
Eu precisava de você ao meu lado para suportar tanta dor.
Se algum dia eu lhe causei mal, perdoa-me amado filho. Eu não fui forte o suficiente para gerá-lo. Sua luz era infinitamente maior do que toda a profundidade da minha escuridão.
E eu o amo. Amarei eternamente, entre mundos e vidas que seguirão rompendo a eternidade das minhas horas. E eu jamais serei feliz. Posso mascarar sorrisos, no entanto, a alegria se foi no décimo dia mariano.
E eu sou triste. E sou incapaz de sair dessa tristeza.
Porque nada nesse mundo preencherá esse ventre vazio.
Nada nesse mundo o substituirá, meu amado Miguel.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Feliz Natal
"Deusa em mim, obrigada pela chance de experienciar abrir os olhos por mais um dia e nesse dia, celebrar a vida que me foi ofertada.
Muitos espaços viajei para estar aqui hoje, nesse instante, sentada com o meu livro da vida em meu colo, apreciando meus acertos e erros, idas e vindas, sorrisos e lágrimas.
Eu fui agraciada com o que mais precioso uma pessoa pode ter: amizade.
E dentro desse sentimento tão puro, eu reconheço o poder da oração que diz: "se me for dado prosperar, permita que eu não perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade."
Aos 27, nesse momento da minha vida onde as coisas parecem sombrias, eu sei que posso ser forte no sorriso de Júlia e na lucidez de Jeanne.
Sei que a sabedoria dos meus dias, foram ensinamentos do meu querido pai João.
Tenho o maior orgulho de ser filha de uma guerreira, minha nobre mãe Bernadete.
Além disso, eu tenho dentro de mim todos os abismos e todos os universos.
Eu perdi grandes pessoas, pessoas queridas que nada as substitui.
Eu ganhei abraços e palavras de esperança e fé, ao longo de toda minha caminhada.
E nesse minuto, do meu dia, o dia do silêncio _ eu abro as cortinas mais uma vez, porque o tempo... o tempo não pára."
http://www.youtube.com/watch?v=7K1q1p8DSb4
Muitos espaços viajei para estar aqui hoje, nesse instante, sentada com o meu livro da vida em meu colo, apreciando meus acertos e erros, idas e vindas, sorrisos e lágrimas.
Eu fui agraciada com o que mais precioso uma pessoa pode ter: amizade.
E dentro desse sentimento tão puro, eu reconheço o poder da oração que diz: "se me for dado prosperar, permita que eu não perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade."
Aos 27, nesse momento da minha vida onde as coisas parecem sombrias, eu sei que posso ser forte no sorriso de Júlia e na lucidez de Jeanne.
Sei que a sabedoria dos meus dias, foram ensinamentos do meu querido pai João.
Tenho o maior orgulho de ser filha de uma guerreira, minha nobre mãe Bernadete.
Além disso, eu tenho dentro de mim todos os abismos e todos os universos.
Eu perdi grandes pessoas, pessoas queridas que nada as substitui.
Eu ganhei abraços e palavras de esperança e fé, ao longo de toda minha caminhada.
E nesse minuto, do meu dia, o dia do silêncio _ eu abro as cortinas mais uma vez, porque o tempo... o tempo não pára."
http://www.youtube.com/watch?v=7K1q1p8DSb4
domingo, 7 de abril de 2013
Dor
Sim. Hoje eu ouvi o inevitável comentário, aquele que dilacera.
Eu me pergunto se devo seguir, ou se já posso ficar sozinha.
Muitas evidências comprovam aquilo que a alma não diz, cala.
Vou andando, caminhando a passos dolorosos, quem sabe um dia eu chego.
A dor existe, persiste e não me abandona.
A dor é a única que não vai embora.
A dor é a pior das ofensas.
Em luto, eu tento reconstruir as ruínas.
Eu sei que não há saída, mesmo assim, continuo juntando pedras.
Muitas evidências comprovam aquilo que a alma não diz, cala.
Vou andando, caminhando a passos dolorosos, quem sabe um dia eu chego.
Eu me pergunto se devo seguir, ou se já posso ficar sozinha.
Muitas evidências comprovam aquilo que a alma não diz, cala.
Vou andando, caminhando a passos dolorosos, quem sabe um dia eu chego.
A dor existe, persiste e não me abandona.
A dor é a única que não vai embora.
A dor é a pior das ofensas.
Em luto, eu tento reconstruir as ruínas.
Eu sei que não há saída, mesmo assim, continuo juntando pedras.
Muitas evidências comprovam aquilo que a alma não diz, cala.
Vou andando, caminhando a passos dolorosos, quem sabe um dia eu chego.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Chuva de arroz
Melhor assim. Chegar logo ao fim de tudo que nunca existiu. De tudo que eu sempre criei. Fantasias de um mundo só meu, que eu fazia questão de habitar ao teu lado.
Melhor assim. Você fala de dúvidas e tenta demonstrar felicidade. É, talvez você seja feliz. Aquele tipo de felicidade forçada, na qual nem você mesmo acredita.
Daí eu me encontro folheando um livro, onde o dia que você morre é o mesmo dia que te conheci. Te encontro na rua, você ainda está com a mesma camisa que te dei, como se algo restasse de nós dois. Como uma ofensa. Mas eu não aceito ofensas como presente, e a festa é sua. É o seu carnaval. Você é o palhaço: sorri mas por dentro é só tristeza. E eu não faço mais parte desse circo_ dessa loucura. Estou liberta!
Mas, será? Será mesmo que estou?
Ao menos eu desejo isso, do mais profundo do meu eu, da minha alma, eu desejo isso.
Vejo pessoas usarem a cor do luto e me pergunto se a culpada sou eu. No entanto, não há resposta. O sadismo não se pode compreender.
Doeu, mas passou.
Chorei, mas secou.
Amei, mas esqueci.
Melhor assim...
Melhor assim. Você fala de dúvidas e tenta demonstrar felicidade. É, talvez você seja feliz. Aquele tipo de felicidade forçada, na qual nem você mesmo acredita.
Daí eu me encontro folheando um livro, onde o dia que você morre é o mesmo dia que te conheci. Te encontro na rua, você ainda está com a mesma camisa que te dei, como se algo restasse de nós dois. Como uma ofensa. Mas eu não aceito ofensas como presente, e a festa é sua. É o seu carnaval. Você é o palhaço: sorri mas por dentro é só tristeza. E eu não faço mais parte desse circo_ dessa loucura. Estou liberta!
Mas, será? Será mesmo que estou?
Ao menos eu desejo isso, do mais profundo do meu eu, da minha alma, eu desejo isso.
Vejo pessoas usarem a cor do luto e me pergunto se a culpada sou eu. No entanto, não há resposta. O sadismo não se pode compreender.
Doeu, mas passou.
Chorei, mas secou.
Amei, mas esqueci.
Melhor assim...
segunda-feira, 18 de março de 2013
Águas de março
Ou escrever, ou sufocar,
Eis minhas opções.
Tanta coisa confundindo meu ser,
meus hábitos, minhas posições e posicionamentos.
Será que não sou mais quem sempre fui?
Será que deixei a onda me levar para tão longe de mim?
Em verso e prosa, vou chorando a minha dor.
Isso não acaba comigo, isso me põe de joelhos.
É a situação mais caótica da vida: conviver na inverdade.
Fico do tamanho do mundo inteiro e me perco.
Diminuo. Sinto-me quase nada e padeço.
Não moro mais em mim.
Que este dia acabe, que essa chuva pare,
Que eu perca de vista toda essa amargura.
Não sobreviverei mais nenhum dia,
nenhuma respiração,
nem mais uma letra.
É o fim.
Eis minhas opções.
Tanta coisa confundindo meu ser,
meus hábitos, minhas posições e posicionamentos.
Será que não sou mais quem sempre fui?
Será que deixei a onda me levar para tão longe de mim?
Em verso e prosa, vou chorando a minha dor.
Isso não acaba comigo, isso me põe de joelhos.
É a situação mais caótica da vida: conviver na inverdade.
Fico do tamanho do mundo inteiro e me perco.
Diminuo. Sinto-me quase nada e padeço.
Não moro mais em mim.
Que este dia acabe, que essa chuva pare,
Que eu perca de vista toda essa amargura.
Não sobreviverei mais nenhum dia,
nenhuma respiração,
nem mais uma letra.
É o fim.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Amada, que saudade!
Eis-me aqui, solitária,
sem sua presença a vida fica tão gris.
Caio no abismo das lembranças felizes, e choro.
Amada, que saudade!
Vidas e mais vidas,
holofotes na avenida,
sorrisos de carnaval, caminhos sem saída,
meu bem, meu zen, meu mal.
Amanda, dois rios nos separam,
quatro luas nos aproximam,
e o tempo, ah! o tempo...
este há de ser perverso,
não posso partilhar meus versos, sem sentir dor.
Tudo o que sou, partiu contigo.
Tudo o que és, comigo restou.
Amanda, querida amiga, que saudade!
sem sua presença a vida fica tão gris.
Caio no abismo das lembranças felizes, e choro.
Amada, que saudade!
Vidas e mais vidas,
holofotes na avenida,
sorrisos de carnaval, caminhos sem saída,
meu bem, meu zen, meu mal.
Amanda, dois rios nos separam,
quatro luas nos aproximam,
e o tempo, ah! o tempo...
este há de ser perverso,
não posso partilhar meus versos, sem sentir dor.
Tudo o que sou, partiu contigo.
Tudo o que és, comigo restou.
Amanda, querida amiga, que saudade!
Assinar:
Comentários (Atom)