sexta-feira, 25 de julho de 2014

Do latim: marrom, escuro.

Eu começaria o poema com "I'll trully miss you", mas falta-me habilidade linguística com o inglês.
Fico lendo e relendo o "se cuida" e eu que já fiz tanto uso dessa frase, sinto-me abandonada.
Eu te amaria por mil anos, andaria mil léguas, atravessaria anéis de fogo.
Poderia até te seguir durante o "para sempre".
Why not? Why should we?
Qual o motivo de sentir-se plena onde não há espaço?
Qual o objetivo disso tudo que desarranja minhas ideias?
Se não é pra ser, não era.
Não deveria.
Não poderia.
Não sentiria.
Não ecoaria.
Não existiria.
E insiste. Pulsante. Enérgico.
Tira-me o sono.
E persiste, dentro de mim.

sábado, 19 de julho de 2014

Preto, pequeno, presente.

Não tem sido você a causa da minha insônia?
E como acreditar em anjos estando rodeada por demônios?
A lua minguante, radiante, mostra-me a realidade fatídica.
Não há espaço para nós dois em mim.

Um olhar agateado, um gesto.
Palavras de carinho, afeto e preocupação.
Nenhum não.
Nenhum de nós, talvez.

A chuva insiste.
O frio concorre com meu álgido coração.
E eu travo essa batalha num monte particular.
Ai de mim, que não tenho um magister equitum

Triunfarei? Pouco sei.
Sobre mim, apenas lembranças.
Sobre ti, todas as possibilidades.
Não tem sido você a causa da minha insônia?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Confissões à Anauel

Como devo chamar aquele que nenhum nome consegue expressar o que realmente é?


 
Por que tu não disseste teu nome e poupaste-me o trabalho de pesquisar teu ser, 
sem ao menos ter como chamar-te?

Achaste justo, memorável ser de minha existência, deixar-me entorpecer por teu olhar e somente ficar a lembrar palavras ditas sem lei?

Por que te questiono?

Vou obter de ti todas as respostas?

Apenas vejo-te olhar-me e desejar-me como se fôssemos um vício _ algo que queres ressuscitar.

Dê-me um ofício, pois quero jurar-te: mesmo que não seja infinito, anseio tê-lo até enquanto o tempo possa durar.